Os pigmentos são fundamentais no sucesso de um trabalho de micropigmentação e microblading. Eles são responsáveis pela cor e durabilidade do procedimento. Muitas pessoas se perguntam qual o melhor pigmento, e a resposta é: depende do uso e da pele.
Assim como no caso das lâminas, cada profissional deve testar diversas marcas e tipos de pigmentos para entender com quais trabalha melhor. Pontuamos as principais diferenças entre pigmentos a seguir.
Pigmentos Orgânicos e Inorgânicos
Os pigmentos de micropigmentação são classificados em orgânicos ou inorgânicos. Assim, inorgânicos são derivados de metais como cobre, chumbo, ferro, entre outros... Possuem partículas maiores e por isso a fixação é mais difícil e apresentam menos brilho. Também têm maiores chances de causar alergia.
O uso de pigmentos inorgânicos é mais indicado para profissionais que estão iniciando e possuem receio de o trabalho não ficar bom. Algumas peles, no entanto, podem absorvê-los melhor. O ideal é trabalhar com os dois tipos no estúdio de micropigmentação. Para sobrancelhas e para peles mais claras, os pigmentos mais opacos podem ser bons.
Já os pigmentos orgânicos, embora também sejam produzidos em laboratórios, são derivados de matéria viva como plantas e animais. Como apresentam partículas menores, a fixação costuma ser melhor, porém podem degradar mais rápido por serem mais sensíveis à luz. Para micropigmentação nos lábios, utiliza-se somente pigmentos orgânicos. Também são bons para uso em fototipos mais escuros, para dar mais destaque ao trabalho feito.
Algumas marcas que produzem pigmentos inorgânicos são Bioutouch, MEI-CHA, Koloursource, Mag Color (a Mag produz os dois tipos). Pigmentos orgânicos podem ser encontrados da Electric Ink, Iron Works, RB Kollors, entre outras.
Outras características que você deve verificar em um pigmento são:
- A mais importante: registro na ANVISA. Seu estabelecimento pode ser multado no caso de uso de produtos sem registro. Não compre e não use produtos sem o registro da ANVISA, pois se houver qualquer reação alérgica – e elas podem acontecer – você não terá como pedir ajuda. Os compostos de cada pigmento, quando registrados, passaram por testes que garantiram sua segurança. Importante também guardar as notas fiscais de cada produto.
- A composição é algo a ser observado e compreendido por profissionais de micropigmentação. Normalmente os pigmentos são feitos de uma porção dispersante – à base de água, álcool isopropílico e glicerina vegetal e uma porção pigmentante – com pigmentos testados, orgânicos ou inorgânicos. A formulação muda muito, sendo que alguns pigmentos possuem mais água, sendo ideais para sombreamento e esfumados. Outros são mais consistentes, indicados para traços, fios e pontilhismo. Para microblading, em geral, usa-se pigmentos com maior consistência.
- O Color Index - C.I. – é uma sequência de cinco números, uma classificação internacional de cada pigmento corante, de acordo com sua estrutura química.
Relação entre Custo e Benefício
Um fator que pode interferir na rentabilidade dos pigmentos é a carga pigmentária. Um pigmento pode a princípio custar muito mais que outro, porém possuir mais carga pigmentária, não decantar e assim render mais. Pigmentos com pouca carga pigmentária acabam exigindo maior número de retoques.
Uma continha fácil é converter 1 ml em 20 gotas. Para cada atendimento, o usual é consumir 5 gotas de pigmento. Então, se o frasco com 15 ml custar R$ 210, por exemplo, a conta é 210/300 (cada ml equivale a 20 gotas = 15 x 20). Cada gota custa apenas R$0,70, o custo por atendimento será R$3,50 (5 x 0,70).